quinta-feira, abril 28, 2005

FAROL DE ESPOSENDE II



"Em Dezembro de 1866 recebia a barra de espozende uma luz de porto ou farolim lenticular montado no seu respectivo candelabro de ferro, colocado no antigo forte à entrada da barra.
A luz é vermelha e tem um alcance de 7 a 8 milhas em boas condições atmosféricas. Esta obra foi feita pela nova oficina de faróis".
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C.A. Pinto Ferreira
"Breve Dissertação sobre Pharoes"
A propósito de uma visita à Exposição
Universal de Paris em 1867
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A verdade é que se tratava de uma luz rudimentar, como aliás fazia notar o presidente da Comissão de faróis e balizas, Conselheiro Guilhermino Augusto de Barros, no seu discurso inaugural no seio da Comissão a que presidia:
"(...) Os pharolins dos Concelhos de Vianna e esposende estão como é de uso ao ar livre, e nasceram de exigencias de ocasião, destinando-se o segundo a enfiar com uma luz que nunca se collocou".
Por curiosidade, esta primeira luz que existiu em Esposende, que podemos justamente considerar a percusora do farol, foi uma das primeiras alimentadas a petróleo instaladas no nosso país, em substituíção do azeite de oliveira até então empregado para iluminação.
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Onde a Terra Acaba
História dos Faróis Portugueses

terça-feira, abril 26, 2005

FAROL DE ESPOSENDE I



“Ao 58ºE, na distancia de 10 milhas do Cabo Vianna, está situada a Barra de Espozende na foz do rio Cavado, em cujas margens, e a pequena distancia da Costa estão a duas povoações de Espozende e Fão, quasi fronteiras e muito próximas, tendo cada huma um alto campanário, que as faz reconhecer.

Espozende he a principal povoação que contém 800 habitantes, e dá o noma á barra, a qual apenas pode receber pequenas embarcações, não tendo em prea-mar mais de 10 pl (7 pés) d’agoa; além de que os bancos desta barra soffrem grandes alterações com a força das correntes e dos ventos; chegando muitas vezes a obstruir-se a passagem; pelo que he indispensável hum piloto pratico.

Defronte de Fão na distancia de milha e meia da costa, estão situadas duas restingas de pedras à flor d’agoa, parallelas entre si, denominadas os Cavallos de Fão, ás quaes he necessário dar resguardo, não se aproximando à Costa em hum fundo menor de 15 br.; porém tendo passado os sobreditos rochedos para o S. , pode-se costear a terra por 10 ou 12 br. De fundo até defronte de Villa do Conde ou do Porto.”




Marino Miguel Franzini,
“Roteiro das Costas de Portugal, ou
instrucções náuticas para intelligencia
e uso da carta reduzida da mesma costa,
e dos planos particulares dos seus principaes
portos (1812)”




Bastará este trecho para fornecer-nos uma ideia aproximada das dificuldades que se deparavam aos navegantes junto da foz do rio Cavado, na falta de referências bastantes.
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Onde a Terra Acaba
História dos Faróis Portugueses

segunda-feira, abril 25, 2005

A ÍNSUA DE CAMINHA


A Ínsua de Caminha - fronteira de sinalização maritíma Portuguesa, desde que em 1886 ali foi instalado um farolim.
Em 1926 a fonte luminosa passou a ser a incandescência pelo vapor de petróleo e em 1947 a electricidade, na sequência da ligação do farol à rede pública de distribuição de energia; a lâmpada era de 3.000 Watts e garantia um alcance luminoso nominal de 40 milhas.
Após sucessivas modernizações, em 1987 a instalação eléctrica seria completamente remodelada e proceder-se-ia à automatização do farol, cuja característica é presentemente de 2 grupos de relâmpagos brancos, com um periodo de 9,5 segundos, possuindo um alcance luminoso de 22 milhas.
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Onde a Terra Acaba
História dos Faróis Portugueses

domingo, abril 24, 2005

CONTRA-ALMIRANTE JULIO ZEFERINO SHULTZ XAVIER



A acção deste ilustre engenheiro hidrógrafo da Armada, nascido em Alhandra em 1850, foi determinante na modernização dos faróis e na iluminação de zonas até então carentes de sinalização nocturna.

Sob o seu impulso, ao longo de catorze anos foram criadas 39 novas luzes e transformadas 13 das já existentes.

Entre os novos faróis então criados contam-se os de Aveiro, Cabo Raso e Ponta do Altar, Sagres, Ilhéu de Cima, Ferraria, Nazaré e Capelinhos, edificados no final do século passado e princípios do actual.

Suceder-lhes-iam, até aos anos vinte, os da Serreta e da Ponta das Lajes, da Ponta da Piedade, da Gibalta e do Esteiro, da Ribeirinha, da Ponta do Pargo, de Vila Real de Santo António, do Albarnaz, de Leça e de Gonçalo Velho.

Os da Ponta da Barca, das Contendas e da Ponta da Ilha viriam a ser construídos entre 1930 e 1946, já depois de atribuído este serviço à Direcção de Faróis, criada em 1924.
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Onde a Terra Acaba
História dos Faróis Portugueses

sábado, abril 23, 2005

CARTA DE FAROIS


CARTA ANEXA AO PLANO DE FAROLAGEM DE PEREIRA DA SILVA REPRESENTANDO A COBERTURA DO CONTINENTE POR ELE PROPOSTA.
De 1790 até 1835 decorreu um periodo de marasmo no que aos faróis diz respeito: Invasões Francesas, Guerra Peninsular, partida da corte para o Brasil, lutas sucessivas entre liberais e absolutistas, eis alguns dos factores determinantes para que a evolução deste sector se ressentisse gravemente.
até 1856 modernizam-se alguns - até aí dotados de sistemas catóptricos - , com a adopção dos aparelhos lenticulares de Fresnel, contando-se entre eles o do Cabo Mondego e o de S Julião da Barra.
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Onde a Terra Acaba
Historia dos farois Portugueses

sexta-feira, abril 22, 2005

VICE-ALMIRANTE FRANCISCO MARIA PEREIRA DA SILVA



Nascido em Lisboa no ano de 1813, elaborou em 1866 o mais antigo plano de farolagem Português, tendo sido o primeiro oficial da Armada a assumir a responsabilidade pelo serviço de faróis.
Com base no projecto de Pereira da Silva seriam edificados Esposende, Santa Maria, Ponta de S Lourenço, Ponta do Arnel e Cabo de Sines.
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Onde a Terra Acaba
Historia dos Farois Portugueses

quinta-feira, abril 21, 2005

PERSPECTIVA HISTÓRICA



Os farois encontram a sua origem em fogueiras acesas em pontos conspícuos da costa para orientação dos mareantes, fogos esses cuja manutenção era normalmente assegurada pelos religiosos das irmandades de conventos sobranceiros ao mar.
No nosso pais, provavelmente por esse facto, as primeiras luzes destinadas a orientar os navegantes nascem da iniciativa de prelados.
Sustentam uns que a mais antiga de todas terá sido mandada erigir pelo bispo D. Miguel da Silva em S. Miguel-o-Anjo, na foz do Rio Douro, junto do local em que hoje se ergue o farolim da Cantareira, um dos que definem o enfiamento de entrada da barra do Douro.
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Onde A Terra Acaba
Historia dos Farois Portugueses

terça-feira, abril 19, 2005

ONDE A TERRA ACABA E O MAR COMEÇA



Cabo da Roca, o ponto mais ocidental do Continente Europeu, que Camões tão belamente descreveu n'Os Lusíadas, como sendo o sitio "onde a terra acaba e o mar começa".

segunda-feira, abril 18, 2005

SINAL DE ESPERANÇA



Página de rosto do Alvará Pombalino de 1758, primeiro sinal de um esforço organizado tendente a dotar as costas do país de uma cobertura luminosa condigna.

Se a luz é o único antídoto contra as trevas, e a terra o único lugar firme perante a insegurança do mar, o farol não pode deixar de ser o símbolo da esperança. De uma esperança que não desfalece nem mesmo quando a morte está próxima. Ora a verdade é que a morte está sempre próxima.
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Onde a Terra Acaba
História dos faróis Portugueses

domingo, abril 17, 2005

POINT MONTARA LIGHTHOUSE



On the rugged California coast, just 25 miles south of San Francisco, sits the Point Montara Fog Signal and Light Station.

Established in 1875, the historic lighthouse and turn-of-the-century buildings have been preserved and restored by Hostelling International - American Youth Hostels and California State Parks, in cooperation with the U.S. Coast Guard.

Location :
25 miles south of San Francisco on California Highway 1 between Montara and Moss Beach, look for hostel signs.
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Fotografia Don

sábado, abril 16, 2005

A PESCA DE ARRASTO



A pesca de arrasto consiste em arrastar uma rede pesada pelo fundo do mar, capturando qualquer tipo de peixe. O problema, alerta a coligação, é que apanha também algas, corais, esponjas e outras espécies sem interesse comercial mas importantes para o equilíbrio do ecossistema.

Além disso, esses recifes de coral têm um ritmo de crescimento muito lento. "Se os corais foram danificados, podem levar centenas de anos a recuperar ou podem nem mesmo recuperar", disse Alex Rogers, da British Antartic Survey (Bas) à BBC online.

Actualmente existem onze países que utilizam a pesca de arrasto, entre eles Portugal, Espanha, Rússia e Nova Zelândia.

Os especialistas receiam que este tipo de actividade destrua os corais antes dos investigadores terem tempo para os estudar.

quinta-feira, abril 14, 2005

LONELY BOAT



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Fotografia Ahmet

quarta-feira, abril 13, 2005

CASTLE HILL LIGHTHOUSE



To help mariners through the East Passage of Narragansett Bay, Congress authorized $10,000 for the erection of a fog signal at Castle Hill in 1875. A year earlier the famous Harvard professor and zoologist Alexander Agassiz had built a large summer cottage at Castle Hill on the very property where the government wanted to put the signal.

Agassiz refused to sell his property. He and other local landowners did not want a fog bell sounding "at their very doors." In 1886 a lighthouse was proposed along with the fog bell at Castle Hill.


Agassiz finally sold a portion of his land to the Government, but then refused to grant the Government the right to pass through his property to the lighthouse site. Castle Hill is steep and rocky, and landing by boat is difficult. In 1888 Agassiz finally granted the right-of-way and construction began the following year.

terça-feira, abril 12, 2005

ULTIMA MANGA



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Fotografia Cory

segunda-feira, abril 11, 2005

AZENHAS DO MAR



Um pouco mais a norte de Sintra, ficam as Azenhas do Mar, um autêntico postal ilustrado, em que as casas descem em cascata pelo declive da arriba até ao mar.
A Sul, na Praia Grande, podemos divertir-nos a contar as 66 pegadas de dinossauros.

domingo, abril 10, 2005

PARADISE



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Fotografia Maria

sábado, abril 09, 2005

sexta-feira, abril 08, 2005

O PASSAR DE UM NAVIO



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Fotografia An

quinta-feira, abril 07, 2005

OCEANO NOX



Junto do mar, que erguia gravemente
A trágica voz rouca, enquanto o vento
Passava como o voo dum pensamento
Que busca e hesita, inquieto e intermitente,
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Junto do mar sentei-me tristemente,
Olhando o céu pesado e nevoento,
E interroguei, cismando, esse lamento
Que saía das coisas, vagamente...
..
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Que inquieto desejo vos tortura,
Seres elementares, força obscura?
Em volta de que ideia gravitais?
..
..
Mas na imensa extensão, onde se esconde
O Inconsciente imortal, só me responde
Um bramido, um queixume, e nada mais...
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Antero de Quental
Fotografia Damir

quarta-feira, abril 06, 2005

terça-feira, abril 05, 2005

BERLENGAS



Localizado a 5,7 milhas de distância do Cabo Carvoeiro, é composto por 3 grupos de ilhéus: Berlenga Grande, e recifes adjacentes, Estelas e Farilhões-Forcadas, todas de natureza geológica diferente da costa portuguesa.

A Berlenga Grande é a maior e única onde se pode viver tem uma área de 78,8 ha.

Possuía um clima que é influenciado por dois tipos de influências climáticas: a atlântica e a mediterrânea, o que proporciona características faunísticas e florísticas que fazem deste arquipélago um ecossistema único no mundo, derivado destes pontos foi criada a Reserva Natural da Berlenga em 03 de Setembro de 1981.

Chamada de Ilha de Saturno pelos historiadores da antiguidade, encerra esta muitas histórias, foi visitada e povoada por romanos, vikings, piratas ingleses, mouros e ingleses.

Em 1513 os monges da Ordem de S.Jerónimo fundaram o mosteiro da Misericórdia, que durante anos foram atacados por corsários até que foi votado ao abandono existindo hoje apenas uns muros e pedras soltas, onde foi construído o Restaurante Mar e Sol que se encontra no sitio exacto.

Mais tarde foi mandada erguer pelo Rei D.João IV a Fortaleza de S. João Baptista que viria a ser palco de inúmeras batalhas, até que em 1847 acabou por ser abandonada.

Neste arquipélago existem plantas que não existem em mais nenhum local do planeta que é o caso da Armeria berlengensis e Pulicaria microcephala.

Quanto à fauna são poucas as espécies de vertebrados não voadores presentes na ilha, sendo o caso da lagartixa de Bocage e sardão que se encontra em perigo devido a vários factores tais como o aumento de gaivotas, o coelho bravo e o rato-preto.

No caso de aves existem várias espécies que nidificam neste, tais como o corvo-marinho, pardela, várias espécies de gaivotas, o airo, entre outras não marinhas. Mas é no mar que está a maior riqueza do arquipélago, com as suas águas biologicamente ricas e que devem ser visitadas pois na costa portuguesa não se encontra igual.

Existem várias empresas que efectuam o transporte para a ilha, o qual está condicionado a 350 pessoas no total estipulado pela Portaria 270/90 de 10ABR.

Onde pernoitar:

Área de Campismo, Fortaleza e Restaurante Mar e Sol.

Pontos de interesse:
Trilho da natureza, pequena praia, visita às grutas, Fortaleza, mergulho, pesca à cana.
Restrições: Caça submarina, obrigatório andar nos trilhos, motos de água, animais e plantas.
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Reserva Natural da Berlenga

domingo, abril 03, 2005

NO FUNDO DO MAR



Quando te encontrares no fundo do mar
a recolher os cacos do teu coração
não te esqueças
que o amor ainda flutua a superfície
do mar...

e a dor ?

Isso é o que trazes na tua bagagem
Como estilhaços que flutuam no ar
e te atingem, assim . . .

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Poema Autor Desconhecido
Fotografia Craig

sexta-feira, abril 01, 2005

WAITING



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Fotografia Anónimo