1961, fotografia a preto e branco - Fototeca do Palácio Foz, Lisboa, PortugalFotografia do regresso a Portugal do paquete Santa Maria, em 17 de Fevereiro de 1961, quando se preparava para acostar no Cais de Alcântara.
O navio, propriedade da Companhia Colonial de Navegação, foi tomado por oposicionistas ao governo salazarista em 22 de Janeiro de 1961, tendo acabado por fundear no porto do Recife, no Brasil, em 2 de Fevereiro seguinte.
O principal responsável pelo desvio do paquete foi o capitão Henrique Galvão.
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O célebre seqüestro do Santa Maria
Por Elísio Gomes Filho
No início da década de 50 do século passado, a estatal portuguesa, a Companhia Colonial de Navegação, encomendou aos estaleiros ingleses, dois novos transatlânticos, que seriam símbolos do regime salazarista. Tratavam-se do Vera Cruz e do Santa Maria, que entraram em serviço respectivamente em 1951 e 1952. Ambos deslocavam 20.906 toneladas e desenvolvia uma velocidade de cruzeiro de 18 nós. Se os dois já eram bastante conhecidos, o Santa Maria tornar-se-ía o mais famoso dos paquetes portugueses, quando no início do ano de 1961, foi alvo de seqüestro por parte de um grupo de revolucionários, constituído de cidadãos portugueses e espanhóis que então faziam oposição política aos governos ditatoriais de Antonio de Oliveira Salazar e de Francisco Franco, sobre os quais a mídia censurada por Salazar proclamaria que se tratava de uma quadrilha de bandoleiros, que havia assaltado o Santa Maria.
Em verdade eles viriam protagonizar o primeiro seqüestro político de um transatlântico, o primeiro seqüestro político da história contemporânea.
Além do mais, o seqüestro do Santa Maria, entrou para os anais da Ciência Política, ao introduzir a prática de seqüestros de navios e aviões com fins políticos. E apesar de todas as catástrofes que direta e indiretamente iriam inspirar mais tarde, em 10 novembro de 1961 seria a vez de Hermínio da Palma Inácio chefiar um grupo de cinco revolucionários armados (entre eles se encontrava uma mulher, Helena Vidal), destinado a desviar o Mouzinho de Albuquerque - um avião Super-Costellation da TAP - entre Casa Blanca e Lisboa, a fim de largarem sobre as cabeças dos cidadãos portugueses 100 mil panfletos contestando as eleições legislativas daquele ano.
Era a efetivação da Operação Vagô, e seria a primeira ação do gênero no mundo. Consta que para a ira de Salazar, aquele grupo de seqüestradores viajou posteriormente para o Brasil.
Um certo capitão Galvão
O Santa Maria, tal como o Vera Cruz, costumava fazer seus serviços transatlânticos, através de uma linha regular entre os portos da Península Ibérica e os portos brasileiros e os do Rio da Prata. Linha pela qual, o paquete português, além de carga, transportou centenas e centenas de imigrantes.
Mas no mês de janeiro de 1961, o navio fora fretado para realizar uma excursão turística pelas águas do Caribe, onde tomou embarque 612(o número de passageiros varia entre as fontes) passageiros de diferentes nacionalidades, sendo que a grande maioria consistia de turistas norte-americanos. O navio, com cerca de 350 tripulantes a bordo estava sob o comando do capitão Mario Simões.
Na frente do grupo de seqüestradores, encontrava o português Henrique Galvão, que então com 65 anos de idade, estava exilado na Venezuela desde 1959. Nascido em 1895, Galvão foi militar do Exército, deputado salazarista e inspetor superior da administração colonial.
Encontra-se registrado que ele se tornara dissidente, por ter denunciado num relatório oficial o regime de trabalho forçado nas colônias portuguesas. Salazar cassou o seu mandato parlamentar, demitiu-o da função pública e incriminara-o, levando-o ao cárcere comum na penitenciária de Lisboa, de onde se evadiu. O capitão Galvão não gostava do imperialismo norte-americano, mas admirava a democracia dos EUA. Era anticomunista. E como escritor deixou algumas obras, sobretudo de temas africanos. Em suma, Henrique Galvão, depois de ter sido adepto fervoroso da ditadura salazarista, aderiu à oposição democrática e celebrizou-se pelo seqüestro do Santa Maria. Consta que foi dele o plano de seqüestrar o avião da TAP em 1961. Faleceu em São Paulo, em 1971.
Eram os seqüestradores do Santa Maria, membros da DRIL (Direção Revolucionária Ibérica de Libertação). Algumas fontes, principalmente as de autores espanhóis, informa que o comando do DRIL estava sob o comando de três homens, Henrique Galvão, português e os espanhóis (galegos) Soutomayor (José Fernández Vásques) e José Velo Mosquera - que também estava exilado na Venezuela. Mas sobre os ombros de Galvão, recaiu a liderança sobre o grupo no seqüestro do navio português. Galvão e mais 23 revolucionários adquiriram vagas para a excursão turística no Santa Maria e assim nele embarcaram, parte em La Guiará (Venezuela) e parte no porto de Curaçao (Antilhas holandesas).
O Seawolf, um submarino nuclear na caça do transatlântico de Salazar
O navio rumava em direção da Flórida, quando na madrugada do dia 22 de janeiro de 1961, (1 hora e 45 minutos), os revolucionários ibéricos desfecham a ação de seqüestro, denominada Operação Dulcineia, nome que teria sido inspirado pelo general Humberto Delgado, escolhido em homenagem à amada mulher de Dom Quixote de La Mancha. Consta que no plano original o navio deveria dirigir-se a Benguela a fim de ali se juntar à oposição angolana e portuguesa, reunindo forças para proclamar a partir de Angola, um governo democrático no exílio. Outra versão sobre o objetivo do plano, diz que o navio deveria rumar para a capital angolana para coincidir com o levante anticolonialista africano.
Em verdade, deflagrou-se em 4 de fevereiro de 1961 em Luanda, o primeiro levante contra as autoridades portuguesas, quando revolucionários angolanos invadiram prisões para libertar os seus companheiros; uma ação que foi duramente punida pelas forças de Salazar. A data se tornou o dia nacional angolano, marcando o início da guerra de independência que duraria mais de dez anos.
Mas segundo o relato de Arajaryr Moreira de Campos, secretária do general Delgado (ambos seriam assassinados em fevereiro de 1965 pela Polícia Internacional e de Defesa do Estado, a PIDE, criada por Salazar em 1946), o plano original de rumar para a África, como aprovada pelo general oposicionista foi levianamente traído, tendo o navio apenas feito reclame no Brasil, onde atracou depois de sua odisséia no Atlântico.
Na terça-feira do dia 24 de janeiro de 1961, os aparelhos de telegrafia das agências de notícias internacionais, registraram uma informação que se transformaria em assunto de primeira página dos principais jornais do mundo. A informação dizia que um grupo de pessoas feridas havia sido desembarcado em uma baleeira pertencente ao Santa Maria, na ilha de Santa Lúcia – então possessão britânica nas Pequenas Antilhas. A informação mencionava também que o grupo - constituído de tripulantes do navio português – fora ferido quando os revolucionários assumiram o controle do navio. Posteriormente, o mundo iria saber que a única vítima fatal seria o terceiro piloto João José Nascimento, pois se encontra registrado que ele ao oferecer resistência, foi morto à bala, cujo corpo veio a ser preservado na câmara frigorífica do navio.
Entretanto o que contribuiu ainda mais para que o insólito acontecimento ocupasse as primeiras páginas de todos os jornais, foi devido à intervenção do presidente Jhon Kennedy, que contrariamente à opinião de Salazar, o considerou como um protesto político e não como um ato de pirataria.
Um ousado para-quedista da Paris-Match se juntou aos revolucionários
Logo o Santa Maria seria localizado por um avião de patrulha dos EUA, ao norte das Guianas. Estava então comprometido o objetivo do plano de seqüestro em atingir a costa africana. O navio navegava em rumo sueste. No dia 25, um submarino, o Seawolf, já estava acompanhando a navegação do Santa Maria. No dia 27, soube-se que unidades navais dos EUA procuravam interceptar o paquete lusitano. E no dia seguinte, já se sabia que aviões navais estavam sobrevoando permanentemente o Santa Maria. E a Marinha dos EUA, chegou a deslocar para a Recife, nada menos do que 12 aviões de patrulha Super-Constellations.
O capitão Henrique Galvão, respondendo à mensagem enviada pelo comandante das Forças Navais norte-americanas no Atlântico Sul (Uscomsolant), vinha afirmar que a sua intenção era de fazer o desembarque dos passageiros e prosseguir a viagem em direção da então província ultramarina de Angola. Nessa ocasião, os revolucionários ibéricos já enviavam mensagens pelas quais saudavam o povo, a imprensa e o presidente eleito do Brasil - o instável e desconcertante Jânio Quadros - que foi empossado no dia 1º de fevereiro de 1961, para que menos de sete meses depois, viesse a renunciar e atirar o país numa grave crise política.
No domingo do dia 29, ao confirmar que o paquete seqüestrado navegava em direção da costa nordestina, o comandante do 3° Distrito Naval, ordenou que a corveta Caboclo, sob o comando do então capitão-tenente Aguinaldo Aldighieri Soares, largasse de Natal, rumo a Recife.
No dia 31 de janeiro, ao largo da costa pernambucana lá estava ele, o Santa Maria, que exibia grandes faixas com a expressão “Santa Liberdade” que vinham encobrir em cada lado do navio, o seu verdadeiro nome. Galvão então havia rebatizado o paquete. Havia na área, três contratorpedeiros norte-americanos, o rebocador portuário Estácio Coimbra que em seu bordo encontrava-se repleto de fotógrafos, repórteres e cinegrafistas que haviam embarcado em Recife e a corveta brasileira Caboclo.
Nos céus, um avião de patrulha sobrevoava a área e tinha aparecido um pequeno avião civil, do qual saltou de pára-quedas o jornalista Dominique Lapierre da famosa revista francesa, Paris-Match. O astuto francês ficou flutuando no mar à espera de ser resgatado pelos norte-americanos e assim o foi e acabou sendo levado de lancha para bordo do Santa Maria. A bordo do paquete português, o contra-almirante Allen Smith havia tentado inutilmente negociar com os revolucionários o desembarque dos passageiros, que como dito acima, eram constituídos em sua maioria por turistas norte-americanos.
A negociação foi infrutífera porque certamente os membros da DRIL tinham pelo menos três objetivos em mente: queriam ter como interlocutores, as autoridades brasileiras e não os militares que representavam o governo Kennedy; queriam reter ao máximo a bordo do paquete, os turistas, assim para atrair por mais tempo a atenção da opinião pública internacional, visando obviamente enfraquecer politicamente os governos franquista e salazarista e por último, queriam dialogar com o governo Jânio Quadros (a ser empossado no dia seguinte) e não com o presidente que estava para deixar o poder, Juscelino Kubitschek. Ora, consta que no final de 1960, Jânio Quadros em visita a Caracas, havia se encontrado com o exilado Henrique Galvão.
Salvem-nos: uma mensagem escrita em cardápios
O Santa Maria então passou a navegar ao longo da costa brasileira, mantendo cerca de 20 milhas de distância, indo e vindo entre os paralelos de Ponta de Pedras e de Tamandaré. E assim ficou o navio português até próximo das 9 horas do dia seguinte, sempre acompanhado pelos navios militares, que lhe ficavam a ré.
Na manhã (cerca das 9 horas) do dia 1° de fevereiro, enquanto que em Brasília se sucediam os eventos da passagem da faixa presidencial, o Santa Maria começa a rumar em direção do porto de Recife, e pelas 11 horas, fundeou a três milhas dos molhes daquele porto. Antes disso, por volta das 9 horas e 30 minutos, o vigia da corveta Caboclo que seguia o Santa Maria de perto, avistou um periscópio pelo través de boreste. Pelas 10 horas, o vigia voltou a informar que um submarino encontrava-se na superfície. Chamados a fala pelo holofote da corveta brasileira, os norte-americanos responderam: USS Seawolf.
Pela tarde daquele mesmo dia, uma delegação transportada pela Caboclo foi a bordo do Santa Maria. A delegação chefiada pelo capitão dos Portos era constituída por um representante do novo ministro das Relações Exteriores, por um capitão-de-fragata fuzileiro naval que representava o novo Ministro da Marinha e do secretário de segurança do estado de Pernambuco. Por cerca de duas horas, a delegação passou a negociar com os seqüestradores em nome do novo governo brasileiro, mas não conseguiu deles, o desembarque dos passageiros. Ora, os revolucionários ibéricos passavam a ganhar ainda mais espaço na mídia internacional. No dia seguinte, volta à delegação ao Santa Maria e novamente a negociação não findou em um acordo favorável aos passageiros e tripulantes que a essa altura já jogavam em direção do convés da Cabocla, cardápios dos restaurantes do navio, tendo neles as seguintes palavras escritas: “salvem-nos”, “queremos desembarcar”, “está faltando água”, “pedimos socorro às autoridades brasileiras”.
Metralhadoras, facas e facões, depuseram
No início da tarde do mesmo dia 2 de fevereiro, a delegação reembarcou na Caboclo. E logo após o seu transbordo para o Santa Maria, a tripulação da corveta brasileira, constataria a péssima situação emocional que já tomava conta dos ocupantes do paquete português; pois além de continuarem a lançar as mensagens com dizeres aflitivos, os passageiros, numa atitude de inconformismo, começaram a jogar sobre a corveta, estofados. Logo em seguida, dois garçons portugueses se atiraram no convés do navio brasileiro, ao escapulirem através das estreitas vigias localizadas bem acima. Para evitar que outros seguissem o exemplo, o comandante da Caboclo, se afastou do paquete e mandou trazer em sua presença, os dois fugitivos, eles então disseram que queriam ser “presos pela polícia brasileira”, e o oficial por sua vez, respondeu que assim eles estavam presos e mandou escondê-los navio abaixo, ao mesmo tempo em que os tripulantes da Caboclo passavam a escutar um coro que ressoava lá de cima do Santa Maria: “fica, fica, fica”.
Quando a delegação voltou a descer na Caboclo, trazia afinal a notícia de que os revolucionários concordaram com a entrada do Santa Maria no porto. O governo brasileiro reconhecia que o navio estava em poder dos revolucionários ibéricos, o que era parte do acordo que assim permitiu que todos os ocupantes fossem desembarcados. Após o fundeio, embarcações retiraram os passageiros e suas bagagens, logo em seguida foi a vez da tripulação. Os revolucionários permaneceram a bordo. A viagem para Angola terminava ali. E os ibéricos permitiram que uma equipe de militares da Base Naval de Recife fosse a bordo a fim de guarnecer as máquinas e outros equipamentos vitais, também um pelotão de fuzileiros subiu a bordo com a missão de ajudá-los na guarda do paquete e um capitão-de-corveta foi enviado para servir como oficial de ligação.
Sexta-feira, 3 de fevereiro de 1961. O comando do 3° Distrito Naval acertou com os revolucionários a entrega do Santa Maria à Marinha do Brasil, em troca de asilo político em território brasileiro, a cada um deles. No final da tarde, na presença de jornalistas, fotógrafos, cinegrafistas nacionais e internacionais, depois da inusitada cerimônia da passagem de comando do Santa Maria, do capitão Galvão para o capitão-de-corveta Thales, os revolucionários em coluna por um, dirigiram-se ao salão nobre, onde sob os flashes das máquinas fotográficas, foram depositando suas armas sobre um sofá, as quais consistiam de algumas poucas metralhadoras, escopetas, pistolas, revólveres, facas e facões. Em seguida, desceram, e se alojaram em uma embarcação portuária que os levou para o cais.
No dia seguinte (4 de fevereiro), com o Santa Maria já atracado, foi realizada a bordo uma cerimônia em que foi lavrado e assinado por diplomatas brasileiros e portugueses um termo de transferência do paquete para a jurisdição portuguesa. O então adido das Forças Armadas de Portugal em Brasília recebeu oficialmente o navio e o entregou ao representante de seu armador, a Companhia Colonial de Navegação.
No Vera Cruz embarcou os passageiros e o navio português largou do porto de Recife no dia 5 de fevereiro.
Galvão morto, Santa Maria desmantelado e o regime de Salazar, deposto
No dia 21 de abril de 1961, a ONU condenaria a política colonialista africana de Salazar.
Uma década depois, ou seja, em 1971, com 76 anos de idade Henrique Galvão morreria no Brasil. Em 1973, na saída da barra de Lisboa, o Santa Maria sofreu graves avarias. Após o cancelamento dessa viagem, ele é vendido para Formosa, onde foi desmantelado. Em 25 de abril de 1974, um movimento das Forças Armadas, derrubou o regime que vigorava em Portugal desde 1926. Salazar, não estaria vivo para vivenciar a chamada Revolução dos Cravos que derrubaria o seu Estado Novo, pois tinha falecido em 1970, aos 81 anos de idade. Em 1975, no dia 11 de novembro, Angola conquistaria a sua independência.
Em 1975, também, Franco deixaria de viver.
No ano de 2000, o jornalista e escritor espanhol Miguel Bayón, viria a escrever um livro com o título Santa Liberdade. Trata-se de uma ficção baseada na histórica viagem do Santa Maria. O jornalista espanhol, a narra como sendo uma aventura quixotesca, onde um punhado de sonhadores julgou poder destruir sozinhos as grilhetas de duas ditaduras que já não existem mais.
Em abril de 2005, Margarita Ledo Andión lançou um filme sobre a história do seqüestro do Santa Maria.
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Obra bibliográfica consultada: Revista Marítima Brasileira, janeiro e março de 2001, SDM, Rio de Janeiro.
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FINISTERRA FEITO PELOS SEUS LEITORES :
Elísio Gomes Filho é mergulhador, escritor e historiador, sendo autor de livros sobre tragédias marítimas e foi fundador do Museu Histórico Marítimo do Cabo Frio (1987) e do Museu Histórico Marítimo de Armação dos Búzios (2001), cujo acervo foi doado ao Museu Oceanográfico de Arraial do Cabo. Entre suas pesquisas, encontra-se aquela que veio elucidar o caso do desaparecimento do barco-de-pesca “Changri-lá”, sobre o qual descobriu que a pequena embarcação brasileira foi atacada pelo U-199 em julho de 1943. Hoje, os nomes dos dez pescadores do “Changri-lá” encontram-se, imortalizados, no Monumento aos Mortos da Segunda Guerra Mundial no Aterro do Flamengo.
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Quero aqui deixar um forte abraço e agradecer ao Elísio Gomes Filho, este documento da nossa história que poucos conhecem.
1 comentário:
Grande historiador Elísio!
Parabéns por mais esta publicação!
Um grande abraço do amigo, Alexandre.
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