terça-feira, fevereiro 23, 2010

TORRE DE BELÉM, LISBOA, PORTUGAL

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Inicialmente foi uma fortaleza militar imponente e emblema de prestígio real. É possível verificar em toda a edificação a grandiosidade do tempo em que Portugal era o país pioneiro na Aventura Marítima.

A epopeia dos Descobrimentos trouxe ao Mundo diferentes e inovadoras perspectivas de relacionamento entre gentes e nações, através de um melhor conhecimento do Homem, do Planeta e das consequentes relações à escala mundial.

Lisboa era no momento uma cidade culturalmente multifacetada, dirigida e vocacionada para o mar e as trocas comerciais, representando na época o culminar de um processo histórico que, envolvendo raças e povos distintos, vem dar lugar a essa individualidade e especificidade tão notoriamente portuguesas.

Situada a alguns quilómetros do centro de Lisboa, a Torre de Belém foi construída no local onde o rio se alarga para o estuário, e a sua estrutura assente sobre um afloramento de basalto, rocha resistente e impermeável.

Destinada a proteger a cidade de Lisboa, que era uma das mais ricas e cosmopolitas do Mundo de então, e a Barra do Tejo, que ao tempo desfrutava de uma intensa actividade por via do importante comércio marítimo, foi também utilizada como prisão, cárcere político dos que se opuseram à ocupação espanhola.

Construída no reinado de D. Manuel I, faz parte integrante de um plano idealizado e estudado ao tempo de D. João II.

De facto criou-se um sistema integrado e tripartido de defesa marítima, que consistia na construção de três fortalezas:
uma na baía de Cascais;
na Caparica, a de São Sebastião ou, como habitualmente é designada, Torre Velha;
na margem direita, a Fortaleza do Restelo, mais tarde conhecida por Torre de Belém devido à praia do mesmo nome.
As três fortalezas eram complementadas pelo cruzamento de fogo de pequenas caravelas artilhadas com peças de calibre apreciável e que executavam tiro de ricochete, técnica inédita até à altura, tal como o que então se passa com o advento da artilharia pirobalística, em que a estratégia e táctica militares sofrem profundas alterações e modificações que vão revolucionar os conceitos da arquitectura militar.

A forma arquitectónica da Torre foi influenciada pelo surgir desta nova artilharia que requeria muralhas mais fortes e sugeria o desenvolvimento de um baluarte poligonal.

D. Manuel I continuou o plano defensivo iniciado pelo seu antecessor, mandando erguer a Torre de São Vicente a par da de Belém, cujo nome é uma homenagem ao patrono de Lisboa, continuando-se o plano de defesa com o seu sucessor D. João III e a edificação de uma fortaleza em São Julião da Barra.



Photo Anónimo
Texto WMFPORTUGAL

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