domingo, julho 09, 2006

LIGHTHOUSE OF COCKBURN, MOZAMBIQUE





O farol de Cockburn (designado, posteriormente, por farol dos Portugueses e Vosconce/os e Só, em homenagem ao engenheiro que o ergueu) encontrava-se situado no Bo/xo de Cockburn (Cockburn Shoal nas cartas inglesas), e fazia parte do plano de balizagem e alumiamento da então baía e porto de Lourenço Marques, elaborado por Augusto Cardoso, que previa ainda um sistema de bóias luminosas convenientemente dispostas no canal de acesso.
A sua notoriedade deve-se ao facto de ali terem naufragado nove navios, entre 1894 e 1900, e às vicissitudes que rodearam a sua existência e montagem naquele perigoso local.
Este resultou da iniciativa da Comissão de Melhoramentos do Porto de Lourenço Marques, criada em 17 de Dezembro de 1895, cujo primeiro e principal objectivo consistiu em promover a sua construção sobre o vértice norte daquele baixo.
Das quatro propostas apresentadas para fornecimento e montagem do farol, seria aceite a da casa francesa Schneider & Ge., De Creusot, que se propunha fabricar toda a infraestrutura, fornecimento da lanterna (casa Barbier & Bénard, de Paris) e montagem no local, pela quantia de £ 6.000.
A casa Schneider delegou os trabalhos de montagem aos engenheiros franceses L. Grunberg & Som. Léon, seus representantes em Joanesburgo, que fizeram quatro tentativas para a sua instalação, tendo depois pedido a rescisão do contrato.
Seguiram-se depois mais duas, desta vez dos ingleses Bell & Wilson, regressados do porto de Melbourne (Austrália), onde tinham feito a montagem dum outro farol com o mesmo material.Foi no seguimento destas diversas tentativas, saldadas pelo insucesso, que é convidado o tenente de engenhariajosé Maria de Vasconcellos e Sá, na altura director interino das obras do porto.
A montagem do farol inicia-se em Abril de 1900 com o transporte do material e operários para aquele local, tendo a sua inauguração oficial ocorrido em O l de Janeiro de 1901.
Foi destruído em 1965, pêlos ventos da depressão "Claude".
A Biblioteca do Macua

1 comentário:

Anónimo disse...

Estive há dias com a bisneta do Eng Vasconcellos e Sá, senhora de 69 anos, mãe de uma amiga minha e que me mostrou a referência a este farol numa enciclopédia luso-brasileiro, um dos muitos livros de que dispõe com referências a Vasconcellos e Sá
muito interessante
jose barata